HABBO | Crítica: A Saga Buquê - Pétalas

A continuação do vencedor de Melhor Filme no Pipoca de Ouro
deixou de aproveitar o melhor de Buquê.

A Saga Buquê - Pétalas
Crítica por V. Henrique de Souza

A esperada continuação de Buquê, dirigido por Maximixer (Princessy), era uma das produções mais esperadas do semestre. Não era pra menos, o primeiro filme foi um sucesso de público e crítica e logo se tornou um clássico instantâneo. Contudo, muito do que foi visto em Buquê fica em segundo plano em Pétalas por causa do adiantamento de informações que o diretor impôs ao enredo do filme.

Obviamente que é cedo para dizer que Maximixer contou a história inteira apenas no segundo filme, mas fica bastante evidente que grande parte do misticismo da saga morre ao final da continuação. Muitos mistérios em volta da protagonista são revelados e apesar das revelações serem enriquecedoras para a história, podem fazer com que o suspense criado no primeiro filme se perca para uma busca de vingança, e pior: sem quase nenhum segredo a ser revelado. 


É fácil pensar que o diretor poderá simplesmente criar novos elementos para a história, mas é aí que está o maior problema que a saga enfrentará daqui pra frente. Maxi vai ter que tomar cuidado para não deixar que o enredo se perca em reviravoltas e torne a história fútil. Não acredito que isso vai acontecer por duas bases nas quais o enredo pode se sustentar: nos personagens e no passado deles.

Para o terceiro filme (Espinhos), seria interessante quebrar o ritmo acelerado imposto em Pétalas e explorar melhor o passado para apresentar as razões e os porquês de tudo que aconteceu até então e ainda está para acontecer. É uma forma de manter o suspense da história e ainda deixar o espectador mais intrigado para a conclusão da saga. Além disso, há também os personagens que possuem seus próprios conflitos individuais - muito bem introduzidos nesta segunda parte - e que podem ser uma peça importante desse quebra-cabeça de Buquê.


Longe de mim dizer que Pétalas foi ruim. Apesar de supostamente parecer que muito foi nos adiantado sobre a narrativa, na verdade é apenas uma preocupação com o que sobrará ser apresentado nos dois próximos filmes. Mesmo corrido o filme ainda nos traz belos cenários que se contrastam o tempo inteiro, com cores fortes, vivas e vibrantes e em outros momentos pálidas, fracas e escuras, tudo isso combinado com os planos detalhados - os conhecidos closes - que deixa tudo mais bonito e obscuro ao mesmo tempo, o tom sombrio nunca é deixado de lado. As excelentes músicas do primeiro filme voltam para se juntar as novas que não decepcionam e que conseguem acompanhar o ritmo mais rápido do filme.


Vamos ter que ficar na expectativa mais uma vez pra saber o que vem a seguir, apesar que dessa vez já se pode fazer suposições, e torcer para o Maximixer escolher o melhor caminho para a saga. Muito se pode esperar, mas tenho a impressão de que o diretor não nos decepcionará tão cedo.

8 Estrelas - Ótimo

Comentários

  1. Concordo com a crítica. Apesar de Pétalas não ter sido ruim (muito longe disso), creio que o primeiro filme ofuscou o brilho da continuação. Os pixel arts de Pétalas foram excelentes, a trilha sonora, a edição, o cenário, como você falou, o efeitos de som, tudo muito bom. Espero que o ritmo da saga desacelere em favor de uma produção mais fluida e mais fácil de entender. A história da saga é muito sedutora, e acredito que o Maximixer vai conseguir, mais ainda, explorá-la bem.

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  2. Descordo um pouco, talvez os segredos revelados em Pétalas, podem ser apenas o COMEÇO, quem garante que podem surgir outros segredos em " Espinhos " ? E vou dar uma opinião sobre uma coisa, mas é mais pro lado pessoal. Eu não gostei muito da Lúcia ter morrido ( Eu amo as Patricinhas no caso a Paris e Lúcia <3 ), mas a morte da Lúcia deixou a casa mais intrigante! Eu amo a Saga Buquê *------*.
    A Maximixer continue assim, a Saga é perfeita! Beijos. :*

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