CRÍTICA | The End of Us



Estrutura anos 30, trama apresenta e conduz um drama familiar simplório para o purgatório

The End of Us
Crítica por Francisco Fernandes

Quantas vezes não nos questionámos sobre a morte? Um sono pleno, um paraíso cristão, um paraíso muçulmano ou simplesmente nada? The End of Us, embora que apresente sinopse e título adequados, não se encaixa na teoria proposta por Merida- que passa, justamente, por aí. Pela morte. E se há tema que dê livros, filmes, séries, novelas, documentários, escrituras é a morte. Cada ideologia - seja ela religiosa ou cultural - tem a sua ideia da morte. Mas Merida-? Será que ela tem? 

Começando por apresentar essa tal moção, é nos mostrado a situação de uma jovem, Esther, que perdeu bem cedo a mãe - e mesmo sem saber - o pai. Vive com o seu pai, harmoniosamente, até que começa a colocar perguntas sobre tudo à volta da sua história. E o diretor é, diga-se de passagem, bastante apressado. Não mede tempo e decide introduzir apressadamente a história, para que, possa dar o embate emocional familiar - mãe, pai e filha - que deve, finalmente, levar ao que a saga propõe.
Assim, Merida- cria um ódio especial em cada personagem; não é preciso mais do que descobrir uma falsificação parental para assassinar o falso pai?! 

Os sentimentos, obviamente reles e falsificados, são criados para expressar cruelmente o sofrimento. Mas é de todo desnecessário; uma história desenvolve-se, não se cria em oito minutos. Não se pode nutrir uma irritação especial por tão pouco, têm de haver argumentos e ordens para a criação de tal.  E é dessa pressa que eu falo. 
Não é de todo um filme ruim, ainda está presente uma boa parte visual - e que cada vez volta a ser mais valorizada. Em relação aos seus antecedentes, Merida- melhorou bastante e finalmente esqueceu-se da preguiça e aprimorou alguns pormenores. 
De qualquer forma, não é justificável um tema tão interessante limitar-se apenas ao áudio-visual, é que, Merida- tem em mãos algo incrível. Agora que a alma da protagonista está em direção ao purgatório, finalmente, acredito num projeto bom.

É facílimo trabalhar em oito minutos metade da história, mas também é - e isso fica óbvio - muito mais agradável desenrolar uma trama. E mesmo a da primeira parte não ser terrível, tem infelizmente, detalhes sem menor senso.A quantidade de pólvora utilizada para cenas de armas de fogo deve superar Os Mercenários, e à la Tarantino, «eu contei 4 tiros, nigger».

4 Estrelas - Regular

Comentários

  1. Concordei com a crítica... Mas não com a nota. Merida desenvolveu bem a história mas poderia mesmo ter feito essa primeira parte toda em 2 partes. Por mim a nota ficaria com 5 ou 6 --
    /Cat

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