CRÍTICA | Bloody Mary - Hora da Vingança


Tentando apresentar uma história paralela sem se esforçar, Bloody Mary - Hora da Vingança cai, inevitavelmente, na impotência de se destacar

Bloody Mary - Hora da Vingança
Crítica por Francisco Fernandes

Lendas não se auto-comprovam como verdade; -Slopper pega nessa idealização crua e cozinha um roteiro de terror/horror sobre mais um mito do gênero. O primeiro Bloody Mary do diretor pela Art Movies foi colocado em pauta com uma deliberação passiva e calma, uma análise d'um filme feito por um novato que, mesmo pecando - e peca - em aspetos essenciais, consegue traçar uma narrativa. 
Apresentando uma, aparente, história que poderia muito bem se fixar para desenvolver o thriller de terror, -Slopper usou Bloody Mary, uma personagem convencional, para explicar os traumas de muitos, e inclusive meus, que ocorreram na infância. Mas desta vez no Habbo, o que é sem margem para dúvidas uma boa ideia - vemos a toda hora dramas e suspenses mas raramente é nos apresentado um terror/horror, e, se Apegavel é o mestre do suspense e caca706 valorizado pela comédia, porque -Slopper não pode ser pelo terror/horror? 

Parece que a Art Movies tem só um objetivo com esta franquia: mitigar ao espetador que se lembre de Bloody Mary, e passa por esse sentido de não desenvolver algum ponto pronto que faz a saga perder credibilidade. E eu me pergunto o porquê do -Slopper deixar um gancho livre no último filme se nesse foi esquecido? Ou seja, resumindo, o que -Slopper fez foi deixar o que tinha começado para segundo plano e colocar como caixa principal (nesta parte) uma história isolada, ainda mal contada; infelizmente, -Slopper recorreu a texto explicativo para dar continuidade e uma conclusão ao conto que poderia muito bem ter sido gravado. Não obstante, o diretor tenta se dedicar à edição que tem uma leva mudança mas continua com falhas como transições bruscas musicais, alguns erros de chroma keyer effect e legenda.

Preocupante é o fato de em vez de uma apresentação decente e cuidadosa dos personagens, de uma preocupação na explicação do decorrente, está presente na parte dois um grupo de texto desagradável.

É importante que -Slopper não tente construir um Universo para os seus filmes apenas com 2; vai-se construindo. Calma é precisa e talvez o terror deve ser o lado apostado, não esquecendo o que já tinha sido feito. Um lado positivo que a Art Movies não deve olvidar. Não apostem na monogamia, deixem isso para Colin e para as outras séries da produtora.
  
3 Estrelas - Ruim

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