CRITICA | House V - Episódio 3


House V - Episódio 3
Critica por Anônimo

Numa excelente montagem, marshe.ban constrói em sua série aquilo que define a nova geração do cinema habbiano.

Desde o primeiro episódio de House V ficou claro que o criador e diretor marshe.ban não queria contar uma história linear, apresentando então muitas idas e vindas na história, e se aproveitando desse esquema para usa-lo na construção dos personagens e no desenvolvimento do próprio enredo. Decisão com a qual ele soube trabalhar muito bem, fazendo deste terceiro episódio o melhor da série, e ouso dizer, o melhor vídeo de sua carreira.

Este episódio está bastante focado em apresentar a mãe de Victória, Jocelyn, e deixa um pouco de lado a continuidade da trama, com algumas passagens temporais bem curtas, como a busca da polícia pelo monstro criado por Ludovico e outros flashbacks que mostram mais do passado do casal Venentrue. O mais interessante aqui é a maneira como marshe.ban utiliza esse recurso, tornando-o parte integrante dos diálogos, sempre com a preocupação de não fazê-los meras descrições do passado - ou do futuro - mas também uma contribuição fundamental para todo o suspense que a série está gerando com seus mistérios.

É inevitável a comparação de House V com O Asilo de Apegavel. A proposta das duas séries são muito semelhantes, principalmente na ocultação da verdadeira ameaça por trás da história, de um local fixo para os principais acontecimentos da série, histórias paralelas, entre outras coisas. O tema em si diferencia as duas produções, e a qualidade também. Se por um lado O Asilo arrasta sua história tentando criar novas possibilidades o tempo todo, e se transformando numa novela, House V vai por um caminho diferente, entregando pouca coisa de pontos cruciais do passado e do futuro, que podem ser um trunfo do diretor numa possível reviravolta nas continuações, e não uma ferramenta para ser utilizada em todos os episódios, como Apegavel insiste em fazer.

E mesmo sem avançar muito com a história neste capítulo, marshe prova que amadureceu tremendamente como roteirista desde que ganhou o Festival H-Cine de Cinema e se tornou uma das principais revelações da nova geração que atualmente produz no Habbo. Geração essa que apesar de não fazer o sucesso da anterior, importa-se muito mais com a qualidade, com a história, com os personagens e a evolução de seus integrantes.

O diretor só precisa tomar cuidado para que não se torne uma utilização viciosa esse formato não linear. Pode ficar cansativo e muito confuso se for usado com muita frequência, e neste episódio quase chegou a esse ponto. Contudo confio no trabalho de marshe, ele tem provado o seu valor como diretor habbiano. E tomando para mim a referência à série de Apegavel presente no vídeo: O Asilo está fechado, mas House V está de portas abertas para um novo cinema.

4 Pipocas - Ótimo

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