O cinema foi sempre uma comunidade de pessoas que se propunham a produzir vídeos em troca de nada; nunca quisemos bens monetários, valores ou qualquer coisa do género. Antes pelo contrário, o carinho dos nossos telespectadores e o reconhecimento enquanto dedicados ao nosso (hobby) ofício foi sempre um catalisador para a continuidade da nossa motivação, produção, concentração, foco. Um combustível natural, não fóssil, totalmente dependente do amor que nos foi passado durante muito tempo.
Mas, aquando da oficialização de certos indivíduos por parte do Habbo Hotel como vídeo artistas oficiais (e sendo, para qualquer instância, uma ótima ideia), a outra grande comunidade, nós, totalmente esquecida, tentou falar e levantar-se para demonstrar a sua presença. Não porque queremos privilégios sobre os outros ou mais importância do que eles, mas porque somos muitos e queremos todos o direito de produzirmos o que mais amamos nas mesmas condições. Fundamentalmente, justiça.
O nosso site parceiro, Backstage Habbo, tem vindo a promover uma campanha de consciencialização acerca dessa questão. Nos últimos dias, a administração do site, juntamente com o nosso Editor Chefe, .Carioca, contactaram um dos membros da staff do Habbo Hotel brasileiro e português e tiveram a oportunidade de falar pessoalmente com ele e de colocar em pauta o movimento em questão, a justiça ao cinema que durante tanto tempo foi negada.
É que a nossa comunidade, além de ter um apreço enorme por jogar Habbo Hotel, é um divulgador do jogo, com vídeos que ultrapassam as trezentas mil visualizações na plataforma YouTube. E a nossa qualidade enquanto embaixadores do jogo vai além do que muitos já fizeram pelo mesmo, não tendo, de novo qualquer referência pela administração. Essa situação é inquietante na medida que nos deixa incomodados por ver o nosso árduo trabalho ser ignorado, lamentavelmente.
E o trabalho que o Backstage desenvolveu é extremamente gratificante. Até porque a nossa sociedade ocidental desenvolveu-se em três pilares da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. E nós somos assim, de momento. Não somos revolucionários, tampouco franceses, mas lutamos pelo nosso sonho (os sonhos não morrem, lembra-se?) e pela nossa comunidade. Pelos nossos personagens, cenários, roteiros, manequins.
Justiça, para quem quer ter o seu trabalho reconhecido.
Igualdade, para quem quer ter os mesmos direitos que os outros em todos os aspetos.
Fraternidade, para quem sabe que somos, acima de tudo, uma comunidade.
Cinema, para quem sabe o que amamos.
Não só na Revolução.
kiko@bom,
Diretor de Redação

Boa!
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