CRÍTICA | ELO


Quando a promessa se torna realidade.

ELO
Critica por .Carioca

Quando :Lukh estreou no cinema com "Diário de um Tal de Teddy", quase que instantaneamente o jovem diretor foi considerado uma grande promessa do cinema habbiano. Embora tenha feito só mais uma produção ("Behind the Door"), o mesmo ainda ostentava este título, porém até então quase esquecido. Eis que então o diretor lança agora pela Pixel Movies, sua nova produção, chamada ELO.

Envolvida em um grande mistério em relação a sua história, a produção antes mesmo de lançar se destacou pelo incrível marketing onde produtora e envolvidos no filme esconderam muito bem todos os detalhes, não deixando vazar nem mesmo quem era o verdadeiro diretor de ELO, que até então era conhecido apenas como Jackie Chan. Tudo isso, e com seu majestoso lançamento no mega-evento Pixel Movies Experience, contribuíram muito para o hype do filme e do diretor.

Muito aguardado e com a maior das expectativas geradas, o filme não decepciona. Em seu inicio não esconde a semelhança que tem com "Jogos Vorazes", só que aos poucos a história vai mostrando sua própria identidade deixando a saga de Katniss Everdeen como uma simples referência para a diegese do filme, muito bem construída, com ótimos personagens e principalmente com uma excelente personalidade visual - os cenários, figurinos, caracterização dos personagens e efeitos visuais, todos muito bem feitos e com um aspecto extremamente harmônico.

O que também bastante se destaca no filme é a própria direção de :Lukh que muito se assemelha com a de caca706 no que se refere a capacidade de dirigir uma cena com muitos personagens, - há um plano sequencia relativamente grande em que os 10 indicados estão enfileirados, e todos eles aparecem no plano - além disso ele melhorou muito a maneira de filmar as expressões, mas que ainda se apresentam um tanto em excesso, e também os movimentos na filmagem que agora estão muito mais fluídos. Inegável é a notória evolução do diretor, contudo nada chama mais atençao do que o roteiro muito bem escrito e redondo.

O enredo que se passa em Olium, no ano de 2104, tem como protagonista 4 jovens e muitos antagonistas, e a maneira como é feita a introdução a história aos poucos nos imerge dentro desse universo onde já se espera muitas reviravoltas porém nada comparado ao que se vê ao final do filme. E é aqui em que o filme consegue seu maior triunfo, facilmente te forçará a assistir novamente só pra tentar encontrar a maneira como eles acabam indo parar naquela cena final. Além disso, a maneira levemente forçada de interação entre os 4 protagonistas é explicada por esse elemento incluso ao final do filme. Logo, :Lukh faz com que nada ocorresse por um simples acaso dentro da história, tornando-a muito interessante e aumentando ainda mais as expectativas para a continuação.

Difícil dizer o que esperar daqui pra frente, as possibilidades deixadas pelo diretor ao final do filme são infinitas e nada mais parece ser o que é. Com uma história que relaciona sobrevivência, a busca insaciável pelo poder, segredos e enigmas a serem resolvidos, :Lukh prova ter amadurecido muito tanto na direção quanto no roteiro, e se torna não mais uma grande promessa, mas uma realidade de grande diretor do cinema habbiano. E ELO sem dúvidas é a mais promissora franquia da Pixel Movies atualmente.

Excelente

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