HABBO | Crítica: Diário de um tal de Teddy - Episódio 1


Boa edição tenta limpar o simples argumento de um produto juvenil.

Diário de um tal de Teddy
Crítica por Francisco Fernandes

Sinceramente, não sou um grande apreciador de produções adolescentes ou que envolvam temas derivados de tal. Mas (i) as críticas são sempre imparciais e (ii) tem algumas produções que mudam ideias. E uma delas é o piloto de estreia da nova promissora série da Art Movies, Diário de um tal de Teddy.


Quando o jovem Teddy acorda numa comum manhã para a rotina escolar de sempre e observa as atitudes humanas a sua vida muda, e principalmente, a idealização lógica da observação do que o rodeia. O primeiro beijo: dilema geral e não menor para o adolescente que busca infinitamente por ele, de qualquer jeito. De qualquer jeito mesmo.
De uma barraca de beijos a cantadas populares, :Lukh escreve um retrato satírico todavia verdadeiro do que é essencialmente a adolescência. Embora com essas características o roteiro ainda não se salva de alguns erros.
O episódio porta clichês - é algo ruim -, mas não o fato de realmente ter clichês. O ruim do produto é que usa os clichês a seu próprio favor. A simpleza e pobreza do roteiro, embora criativo nos limites a quem se dirige, é o maior peso negativo do episódio. Talvez numa balança física, uns 30kg em 100kg. É que o :Lukh pode não ser o roteirista que a série pede e necessita neste momento, mas como diretor/editor está indo num ótimo caminho.


Desde a Princessy (ou Maximixer) não se tinha visto alguém que arrancasse tão bem no cinema a nível de edição. O jovem diretor foi uma novidade imensa para todos os membros da comunidade e :Lukh não fica muito atrás, afinal, a edição do 1.º episódio de Diário de um tal de Teddy além de corresponder ao tema na perfeição tem muitos poucos erros - 1/5 talvez. Com uma direção de fotografia bonita e uma direção de arte exemplar (os figurinos estão lindíssimos e os cenários idem), :Lukh se carateriza sobretudo pelo uso de pixel arts de uma forma cinematograficamente cénica, e convém dizer que não é algo muito feito atualmente no cinema habbiano. Chama-se inovação e foi exatamente o que o diretor apresentou. Uma obra bem elaborada com fatores visuais muito bons, mas como disse, o roteiro não corresponde tão bem pela simplicidade e pouca exploração.


Estudar a rotina de um adolescente é algo bem incomum da forma cômica como foi feita. Sem censuras :Lukh mostra uma realidade bem elaborada e surpreendente para o seu primeiro trabalho. Além de boa qualidade, o piloto da série ficará marcado com certeza pela surpresa. Que a Art Movies preze muito o diretor que pode vir a ser muito grande no cinema afinal este além de mostrar o seu talento afirmou ainda que a Art Movies pode trazer muito boa qualidade; que o valorizem afinal, :Lukh chegou ao local certo, na hora certa. Uma produção de jovens para jovens mas que ainda tem de amadurecer, vá que chega em adulto com uma criança em si.

7 Estrelas - Bom

Comentários

  1. Agradeço ao kiko pela crítica, a partir dela irei buscar melhorias para o próximo episódio de DTT. Obrigado

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