HABBO | Crítica: The Institute for Drunks - A História Continua


Mais um rebusque de Merida- que se perde numa explicação forçosa.

The Institute for Drunks - A História Continua
Crítica por Francisco Fernandes

A certo ponto do decorrer da atualidade percebe-se que antigamente havia um gosto maior em fazer vídeos. Acredito que agora muitos fazem filmes ou séries apenas por fazer. Mas Merida- (Duas vidas e um só destino) é quase uma oldschool; com muito pouca audiência e poucos inscritos, Merida- proporciona vídeos de longa duração mesmo assim. Sem muita pirotecnia (que convenha), Merida- aposta na história e nos diálogos. Diálogos desinteressados, de primeira, e história mais fraca; o contrário do esperado.


O primeiro filme (The Institute for Drunks) da sequela conseguiu um prêmio de Seiya! de Prata no Festival H-Cine de Cinema e Merida- estava próxima de finalmente conseguir subir em qualidade. O problema, é que no novo filme o roteiro fica centralizado em corrigir forçosamente os erros do anterior. Cobrindo todos os furos - ou quase todos, já lá vamos - a história limita-se a decorrer sem fluir na inspiração. Um refrão sequencial onde Merida- utilizou falas robôticas para explicar o decorrente. Entretanto surgem questões como: "porque a protagonista só soube da morte de Victor quando ele já estava no hospital? Se ela estava vivendo com ele, porque não foi notificada pelo hospital?".
A história não fica clara. À semelhança do anterior, alguma percentagem de filme são monólogos que não servem de quase nada para a história. 


É-nos finalmente apresentado um personagem com contribuição para a história já que os outros dois inseridos na trama no episódio passado não chegaram a ter revelância. Embora não nos seja explicado os motivos desse tal personagem - o que deveria ser muito relevante - ele é colocado com fundamento e apresentação. É algo que esperávamos de Merida- depois de várias tentativas falhadas. 
Algo curioso que Merida- tem nos seus trabalhos é o número exagerado - na minha visão - de músicas. Cada melodia dura pouco tempo sem cortes secos. Mas convenhamos que uma música decorrente iria ajudar a fluir o clima. Se for um gosto pessoal de Merida- é indiscutível mas também provavelmente corrigível. 
Mas The Institute for Drunks - A História Continua tem dois pontos bastante interessantes: a fotografia onde Merida- se distinguindo dos demais diretores da atualidade opta pela câmera fixa junto de planos abertos e a direção de arte. Note que a saturação e a cor do filme são uma marca do diretor, e claro, os figurinos e os cenários não deixam a desejar. Infelizmente, Merida- de novo coloca a qualidade de vídeo baixa (com máxima de 480p) e num standard incomum.


Doloroso ou não, é o produto que Merida- nos entrega.

4 Estrelas - Regular

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