Festival H-Cine | Critica: A Próxima Vítima


Diretor oriundo da TV Habbiana demonstra o talento
escondido por traz das emissoras.

A Próxima Vítima
Crítica por V. Henrique de Souza

O Cinema Habbiano está cheio de pessoas que começaram suas carreiras na TV, isso não é segredo pra ninguém. Afinal, para aqueles que desejam continuar evoluindo, o cinema é o lugar certo. Quando os diretores ficam muito tempo trabalhando na TV adquirem alguns vícios que não são bem vindos aos filmes de pixel. Alguns exemplos disso são roteiros superficiais com histórias fúteis, edição pífia, trilhas sonoras antiquadas e muitas vezes inadequadas... A lista é grande e as vezes é difícil de alterar a forma como esses diretores trabalham.

Felizmente não é o caso de marshe.ban, diretor bastante elogiado da TV Habbiana que vem tentar a sorte na sétima arte do Habbo. A contínua parceria entre ele e C.Aldlen, roteirista do filme, é de um entrosamento notável e admirável. A história sobre um assassino em série, que foge da mesmice e cria um perfil sistemático para o assassino, nos traz um protagonista que busca descobrir quem matou sua noiva. Envolta dos inúmeros mistérios acerca das mortes e a incapacidade da polícia local em descobrir pistas, uma repórter vai em busca da verdade.

Apesar dos personagens não serem muito carismáticos e nem possuírem uma personalidade convincente (isso em relação aos diálogos, já que o passado deles não foi explorado) ainda sim chamam atenção dentro de um enredo bem construído que nos imerge em busca do assassino junto com o protagonista, que não sabe por onde começar e nem o motivo pelo qual teriam cometido o crime. 

No que se diz respeito à edição, não há o que reclamar, está dentro do esperado para qualquer iniciante, ouso dizer até que marshe conseguiu alcançar um nível a mais por utilizar efeitos de iluminação e imagem que são sempre bem vindos, ainda mais em um filme policial que exige um tom mais sério. Em contra-partida a trilha sonora alterna entre boa e regular, muitas vezes o diálogo transpõe uma emoção enquanto a música outra, esse desencontro deve-se ao fato da história estar comprimida em pouco mais de 6 minutos enquanto as músicas não. Entrando neste aspecto, a duração é algo que deixou a desejar, pois a história que possui um vilão metódico, uma repórter que anseia pela resolução de mistérios e um protagonista desiludido pela morte da noiva, merecia mais atenção para esses detalhes.

Por fim a impressão que fica é que o bom roteiro de aldlen foi bem dirigido e editado por marshe, entretanto nenhum dos dois soube aproveitar o máximo possível para este primeiro filme, que poderia ter apresentado melhor os personagens e o próprio clímax. Para uma primeira produção no cinema, o diretor se saiu bem e mostrou que o seu tempo na TV já ficou para traz, mas ainda falta experiência com este formato de produção que com certeza será adquirido com o tempo e novos trabalhos.

7 Estrelas - Bom

Comentários

  1. Obg pela critica :) eu vou seguir o conselho sobre os personagens e espero que na minha próxima produção eu aumente a nota.

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  2. Como eu sabia, marshe abaff's com corações né kkkk' -q

    By: Fabio879223

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